terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Idade secreta


Pois eh, post frequente nunca mais.....rsrsrs. Mas eh que realmente eu ja nao entro com tanta frequencia na internet, e quando entro acabo fazendo outras coisas. Mas enfim, post novo, historia nova!
Sem ser nesse ultimo final de semana, mas no outro (que eu nao sei que dia foi, porque ando perdida no tempo) foi o aniversario de Auckland. Porem nao me perguntem quando anos ela completou, porque eu nao sei. E o mais engracado eh que teve comemoracoes por 3 dias, queima de fogos, festival de frutos do mar, mas em NENHUM momento eu vi algo falando sobre quanto anos a cidade completa. E confesso que estou com preguica de entrar no google e procurar... Profeta, voce que adora essas curiosidades banais, podia procurar depois e me contar hein?? hehehe
Como comemoracao, a cidade promoveu um Seafood Festival, durante sexta, sabado e domingo, com o aniversario de Auckland sendo na segunda. O Festival teve queima de fogos, corrida de barcos, bandas e coisas do genero. E como desde que eu vim para ca, estou cada vez mais apaixonada por frutos do mar, la fui eu no sabado com um grupo de amigos comer a vida no festival. Chegando la, tinha que pagar a quantia misera de 15 dolares. Pensei comigo que devia ter alguma degustacao, algo do genero. Ra! Mero engano.... Sao 15 dolares para sorrir! Sorrir e ver umas demonstracoes de cultura Maori ou um chef cozinhando algo banal. Mas como ja estavamos la, na hora do almoco, com todo aquele cheiro, resolvemos decidir o que comer.
O festival era uma especia da Feira da Fraternidade de Pinda, muitas barracas com comidas diversificadas e de paises diferentes, como Italia, Espanha e India, e com direito tambem ate a uma barraca do Rotary. Nessa hora eu realmente achei que estava ne Feira da Fraternidade.....hahahaha. Depois de comer salmao no espetinho, macarrao com frutos do mar e paella, achei que ja estava suficiente bem-alimentada. Ainda aproveitei e comprei um litro de suco de laranja natural! Huuuummm, que saudades que eu etsava....porque certeza que os kiwis aqui nunca ouviram falar em suco natural, nem mesmo de polpa!
Depois de apenas uma hora no local e muita comida, nao vimos outra alternativa a nao ser apreciar a bandinha ao vivo e dancar ao som de musicas dos anos 80. E gracas ao meu amigo Reginaldo, nos divertimos a vida ao som de Reggae Night, com direito a passainho da familia Antunes!
E com o calor que estava aquele dia e o sol mais forte do mundo - maldito buraco na camada de ozonio que tem aqui -, decidimos por finalizar nosso dia tomando muito sorvete. Depois de minutos e minutos na fila (e no sol!), vimos que o sorvete era muito caro e acabamos saindo festival para tomar em outro lugar.
Resultado do aniversario de Auckland: 30 dolares a menos no bolso, alguns kilos a mais na barriga e marcas de blusa e oculos de sol, acompanhados de uma leve ardencia.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Meia-noite e quarenta


Sim, eu estou viva! Nao me perdi na minha viagem de ano novo ou fui morar em uma vila Maori. Apenas foi impossibilitada de postar no blog durante essas semanas por motivos de forcas maiores. Meu ano novo definitivamente nao foi nada parecido com o do Brasil. Nao teve foguetorio, nao teve pessoas pulando ondinhas na praia ou festas ate 6 horas da manha. Para falar a verdade, o unico detalhe que se aproximou do Brasil foi o fato de eu ser roubada no primeiro dia de viagem......hahahaha.....Pois eh, eu rio para nao chorar do meu azar, pois eu sou a unica pessoa que eu conheco que foi roubada na Nova Zelandia! De resto, eu ainda consegui me dirveti bastante, mais do que imaginava.
Com quase todos os brasileiros viajando para a Ilha Sul por 2 semanas, eu e mais um outra amiga da escola, a Fernanda, decidimos alugar um carro e viajar por 4 dias para uma peninsula chamada Coromandel. Aqui o aluguel de carro eh uma coisa comum e muito mais barato que o do brasil, e por incrivel que pareca, eles aceitam a carteira de motorista brasileira, mesmo a gente dirigindo em outra mao. Alugamos o carro e saimos no dia 30 de manhazinha. A Fernanda dirigindo e eu muito tranquila no passageiro, apenas bebendo minha cervejinha.
Infelizmente, a cidade que a gente escolheu para dormir nao era a melhor da regiao, nao tinha praia nem nada para fazer. Acabamos por cancelar o ultimo dia e tentar depois qualquer albergue na hora, em outra cidade. Sem nada para fazer, fomos cacar coisas, e acabamos encontrando umas cachoeiras. Tudo estava otimo, a gente ja estava voltando, quando decidimos para para ver umas arvores diferente. Ficamos andando uns 10, 15 minutos e quando voltamos a surpresa! Tinham quebrado a janela do carro e roubado o meu celular que eu tinha esquecido la. Nessa brincadeira, ainda levaram meu cabo e carregador da camera (por isso a minha demora para postar, so agora comprei outra cabo para passar as fotos para o computador) e minha cooler. Na hora do desespero, ainda achei que tinham levado a minha carteira tambem, mas gracas a Deus eu tinha esquecido no albergue - pelo menos meu esquecimento serviu para algo. Com esse comeco de viagem, nao eh a toa que de noite eu estava muito mais que desanimada.
No outro dia de manha acabamos tendo que ir para uma outra cidade, um pouco maior, para ver se conseguiamos arrumar a janela do carro. Apos uma hora, chegamos na cidade e nenhuma mecanica podia consertar no mesmo dia, porque nao havia o vidro certo e tambem pq era vespera de ano novo, ou seja, tudo so poderia ficar pronto na outra semana, o que nao ia diantar nada. Conclusao, perdemos a manha inteira viajando e passamos os 3 dias da viagem com um belo plastico no lugar da janela, que a gente tinha que tirar e por toda a hora porque fazia um barulho infernal quando a gente entrava na rodovia. Chegou no ultima dia, eu ja estava tao acostumada, que em 10 segundos eu colocava....hahahaha.
Quanto a passagem do ano novo, digamos que nao foi a mais comemorada do mundo....rsrsrs. Eu e a Fernanda ate procuramos o que fazer, mas aqui eles so comemoram em pubs e restaurantes, ninguem vai para praia ver os fogos (que alias quase nao existem), principalmente pelo fato que nao se pode beber em lugares publicos aqui. Resolvemos ir para o pub da cidadezinha que estavamos dormindo, mas antes disso achamos melhor dar uma dormida antes, para descansar. Acabamos acordando meia-noite e quarenta.....rsrsrsrs. Mas descobrimos depois que nao perdemos nada. Eles so comemoram a virada e depois vao embora para a casa. Oh povo para dormir cedo viu....
Mas para voces nao acharem que minha viagem foi um completo desastre, afirmo que os ultimos dois dias foram otimos! Nos acabamos comemorando a virada do ano novo no outro dia, 3 horas da tarde, que era o horario da meia-noite no Brasil, com direito a champagne e muitos gritos, e todo mundo olhando para gente, achando que eram duas loucas. O tempo tambem colaborou e muito, estava tudo muito quente e com muito sol, e as praias era realmente muito boas! Todas com areia branquinha e fofa, nem se comparam com as daqui de Auckland. Em uma delas, chamada Hot Water Beach, voce podia alugar uma pazinha (isso mesmo, uma pa) e cavar na areia, que saia agua quente de la, alias, quente nao, fervendo! So que nao era em qualquer lugar, tinha que achar o ponto certo, que foi o dificil mesmo. Confesso que eu nao achei e acabei "brincando" em um buraco que ja estava cavado.....hehehe. A mais bonita com certeza foi Cathedral Cove. Apesar de ter que andar 45 minutos para chegar la, a praia estava cheia de gente e claro que acabamos encontrando brasileiros la tambem. No ultimo dia, visitando a ultima cidade, ainda encontrei uma feirinha hippie "a la Ubatuba". Que saudades que deu do Brasil e de Ubatuba agora em janeiro com a minha familia e meus amigos!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Jingle Bell


Muita comida, bebida e criancas euforicas com presentes correndo pela casa (como resumiu o Freddie). Basicamente um natal como muitos que eu ja passei no Brasil, exceto por um porem. Tudo isso so acontece a partir da manha do dia 25. Ou seja, era meia noite de natal e eu estava deitada na minha cama, prestes a dormir. Fora isso, foi um natal bem divertido, em familia, mesmo que nao tenha sido a minha.
Acordei de manha, coloquei um vestidinho bonitinho, porque afinal de contal natal eh natal e fui ver se ia ter missa na igreja do meu bairro, porque geralmente tem toda semana as quintas e aos domingos, as 10h30. No final das contas, mesmo sendo quinta, estava tudo fechado. Acabei voltando para casa.
A Maureen (a senhora com quem eu moro) tinha me dito antes que os filhos iam chegar la por volta das 10h30. Quando voltei da igreja, 15 minutos depois, levei um susto. Todo mundo ja estava la, os 3 filhos dela com um monte de netos! Tinha esquecido que o povo aqui num eh a minha familia, que demora umas 3 horas pra chegar todo mundo, isso quando alguem num chega na meia-noite! Porque realmente, aqui todo mundo eh pontual - uma coisa com que eu sofro muito!
Todo mundo bebendo, comendo, conversando, musicas de natal tocando de fundo, criancas bricando e brincando. Ate que chega a hora tao esperada, a troca de presentes. Mas o que acontece aqui, eh que todo mundo na hora que chega coloca seus presentes na arvore de natal, e depois alguem - no caso aqui a Maureen, que era a avo - entrega todos os presentes, porque todos eles tem um cartaozinho com "de" e "para". E como eles ganham presentes! Sem brincadeira, contando tudo, desde presentes grandes a pequenas lembrancinhas, cada um deve ter ganhado uns 10 presentes, as criancas mais ainda. Eu mesmo ganhei dois do casal da minha homestay, um de um casal de netos que eu tenho mais contato, e mais um de uma netinha. Isso porque eu nem sou da familia. Ainda bem que eu tinha comprado um vinho para dar para o casal. Para a netinha acabei dando um colar que eu tinha comprado a mais aqui, e pro resto dos netos, comprei uns chocalates de ultima hora e todo mundo saiu feliz!
Depois de um belo almoco, uma das filha do casal, a Sara, se vestiu de papai noel. Ela chamava cada uma das crianca, fazia piadinhas, perguntava se eles tinham sido bonzinhos no ano e dava MAIS presentes! A roupa dela tinha ate um "Santa Sara" bordado, muito divertido. Parece que ela faz isso todo ano.
Para fechar o final da tarde, as criancas montaram aquela piscininha de mil litros e pediram para eu nadar com elas. E la fui eu, nadar e brincar com as criancas...hahahahahaha.
Em relacao aos enfeites de natal e tudo mais, ate tem, mas eh bem mais sutil que os do Brasil, tirando o Papai Noel gigante que tem na Queen street. Mas as casas so sao enfeitados por dentro. Acho que eu vi so umas duas casas com luzinhas e tudo o mais que a gente sempre ve no Brasil. A minha mesmo tava bem enfeitado por dentro, mas por fora so uma guirlanda e olhe la.
Resumindo, foi um natal legal, mas eu senti muita falta do meu ai no Brasil, com toda a minha familia, as dancas, brincadeiras, almocos com o resto da ceia da noite, e os abracos, principalmente os abracos! Porque como disse uma amiga minha daqui, a Fernanda - que tambem passou o natal com a homestay dela -, eles sao dao muitos presentes, mas nenhum abraco!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Arroizinho com feijao


Se tem alguma coisa com que eu realmente sofro aqui eh com a comida. Sem sombra de duvidas foi uma das maiores mudancas para mim, se nao a maior. Para comecar pelo fato que eles nao almocam aqui. A principal refeicao deles eh o jantar, entao no almoco os kiwis fazem apenas um pequeno lanche, nada que realmente sustente. E so entao, 6 e meia da noite, eh que eles jantam, dai sim com uma refeicao completa.
So que para mim, mesmo estando aqui a mais de um mes ja, ainda eh tudo muito estranho. Eu, que almocava praticamente todo dia arroz, feijao e alguma mistura ou entao comia alguma massa bem pesada, passo fome nessas horinhas entre 12h00 e 13h00. E ter que jantar num horario que normalmente estaria comendo um paozinho ou alguma coisa de cafe da tarde, para nao comer mais nada depois, eh bem dificil.
Na epoca que eu estava fazendo o meu curso de ingles, eu ia de manha e passava o dia inteiro na cidade, so voltando para o jantar. Na hora do almoco eu nao tinha muitas alternativas, porque comer todo dia fora em algum restaurante na sai barato. Fora isso, a quase totalidade dos restaurante aqui ou sao asiaticos ou arabes e indianos, o que nao eh muito o meu gosto. Um dia eu ainda tentei arriscar um restaurante indiano, aproveitar que uns arabes que estudavam comigo iam almocar la e pagar para mim - porque na cultura deles, eles sempre pagam para as mulheres, idependente se seja mae, namorada, amiga ou apenas colega, como era o meu caso -, mas quase morri com tanta pimenta, quemei praticamente meus labios inteiros. Sinceramente, nao sei como eles conseguem comer aquilo!
Outra coisa eh que nao existem lanchonetes aqui, com milhoes de salgados que variam de paes de queijo a coxinhas e todos os outros tipos. Aqui a unica coisa que exitem sao cafes, milhares deles, um a cada esquina, com muitos brownies, cookies, tortas e tudo o mais que voce possa imaginar DOCE! De vez em quando voce acha algum sanduiche natural e olhe la. Mas em todo o caso, nao sei para voces, mas para mim, nao se mata a fome com doces. Portanto, nao era a toa que muitas vezes eu acaba me encontrando no Burgue King, comendo um combo gostoso por apenas $4,90 ou apenas levando algo de casa, como bolachas e barras de cereal.
Entretanto, isso nao eh o pior. O meu problema mesmo eh com o gosto da comida. Aqui tudo eh sem sal e os molhos sao quase todos adocicados. Eu que amo tempero e tudo com muito sal, e que acredito piamente que nao da para misturar doce com salgado, sofro mais que todo mundo. Como me faz falta arroz e feijao aqui! O feijao deles eh horroroso, uma coisa enlatada, que vem pre-cozida e com um molho que parece meio de tomate, meio sei la o que, mas que acaba sendo doce de qualquer jeito.
De tanto eu reclamar, me falaram de dois restaurante brasileiros que existiam no centro e no qual eu poderia matar a saudade. Um, uma churrascaria no Harbour (uma especie de area nobre aqui), embaixo de um hotel da cadeia Hilton, chamado Wild Fire, ou seja, so quando eu juntar uma boa grana e tiver alguma comemoracao muito importante. Outro na Queen St chamado Delicias Brasilis, que tinha um preco normal. Contudo, eu nem cheguei a ir nesse restaurante, porque duas amigas brasileiras foram antes e disseram que nao era muito bom, e eu acabei por desanimar.
Portanto, nao foi a toa que a minha maior felicidade semana passada foi quando eu descobri que havia aberto um novo restaurante brasileiro, chamado Samba, tambem na Queen St. Fui la na quarta-feira com mais 3 brasileiros e quando cheguei, obviamente mais brasileiros, todo mundo conversando em portugues, cd do Jorge Ben rolando no fundo, comida por kilo (o que nao existe aqui) e.........ARROZ E FEIJAO! Meu Deus, como eu fiquei feliz de ter comido arroz, feijao e farofa! Comi a vida la, tomei guarana e depois, ainda tinha coxinha e bolo de cenoura com cobertura de chocolate, quase surtei na hora que eu vi. No final das contas, um preco bom. Com o tamanho do meu prato, paguei 9 dolares, o que eh bem barato para comida aqui, diga-se de passagem. Acabei voltando na sexta e levando mais brasileiros para la. Dessa vez tinha um monte de asiaticos descobrindo a maravilhosa comida brasileira. E a musica tambem, porque puderam ouvir de fundo musical Caetano e Gil. Tenho que comecar a pedir os cds do dono emprestado.

PS: Peco desculpas pelo tamanho do post fora do normal, mas eh que o meu trauma com a comida aqui eh tao grande, que eu acabei extravazando.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Adormecido


Domingo passado eu fiz uma atividade fisica que ja valeu para o mes todo, fui fazer trilha em uma ilha chamada Rangitoto (aquela do vulcao que eu mostrei no ultimo post). Eu e mais duas amigas combinamos com mais alguns brasileiros de pegar o primeiro ferry da manha e ir para la. Como nos tres iamos pegar o barco em um porto diferente dos outros, combinamos de nos encontrar dentro do proprio ferry. Eis que chegamos la e nao tinha ninguem de conhecido. Pensamos: "desistiram!' e continuamos a viagem que demorou apenas uns 25 minutos.
Como somos todos estudantes aqui que sofrem com o alto custo das coisas e com a troca injusta de cambio, descartamos o tour pela ilha de trenzinho por apenas 55 dolares e optamos pela qualidade de vida e caminhada rumo ao topo do vulcao.
Apos quase duas horas entre trilhas, subidas, matos, rochas vulcanicas e muitas reclamacoes no estilo: "isso aqui nao acaba nunca!", chegamos ao topo. E realmente valeu a pena. A vista panoramica de toda a cidade, cercada pelo mar eh maravilhosa. Um pausa para descanso e muitas fotos depois, resolvemos continuar andando em busca da cratera. Porque se voce pensava que a cratera do vulcao ficava no topo - como eu achava -, se enganou.
E andamos, andamos, andamos. Ate que chegamos a um lugar pelo qual ja haviamos passado. Um mirantezinho que nao dava para lugar nenhum, a nao ser para um montante de mata e no qual ja haviamos tirados um monte de fotos. Entretanto, acabamos encontrado o resto dos brasileiros que tinham perdido a primeira viagem la. Conversa pra la, conversa pra ca, comeco a reclamar que nao achava a bendita cratera. Nessa, a Fernanda me diz que o lugar para o qual o mirantezinho estava voltado e que eu achava que era so mato, eh que era a cratera. A maior decepcao da minha vida! Cade o buraco gigante por qual vai sair a lava se um dia o vulcao resolver acordar?!? Pois eh..........nada de buraco gigante. Apenas um vale com mato, muito mato.
Apos minha frustracao decidimos descer e ir para a praia. E la se vai mais quase duas horas andando ate o mar. Nesse meio tempo, um encontro com brasileiros desconhecidos de Florianopolis (porque afinal brasileiro eh definitivamente uma praga!) e muita poeira vulcanica por todo o meu corpo. Chegamos ate la e mais uma supresa - que talvez nao tenha sido tanta supresa -, a praia nao era la essas coisas. Mas tudo bem, deitei, tomei sol, comi, nadei, emagreci, me diverti e ate levei um pedrinha vulcanica de lembranca no final das contas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Biquini brasileiro


Apesar de morar na praia, eu conto nos dedos os dias que fui ate ela....rsrsrs. E mais dificil entao foi ter ido de biquini, tomado um solzinho e nadado um pouco. Demorou 3 semanas para eu tomar vergonha na cara.....ou melhor, arranjar tempo e o tempo cooperar, e finalmente eu poder ir.
As praias daqui, como era de se esperar, nao sao nada parecidas com as do Brasil. Nada de milhoes de pessoas em quiosques, guarda-sois e cadeiras de praias, ouvindo musica alta e bebendo muita cerveja. Aqui o que voce encontra sao familias em sombras de arvores, muitas vezes nem na areia, mas no gramado que a antecede, sentados, lendo, conversando um pouco, com kilos e kilos de protetor no rosto. Quase todos com roupas, e se alguma mulher esta de biquini pode ter certeza que eh o maior do mundo! Ah nao ser que va alguma brasileira descarada como eu, que nao liga de ficar tomando sol com o biquini que, no Brasil, nao eh mais do que normal.
Sem ser nesse ultimo domingo, mas no outro, meu programa miou, mas o dia estava tao bonito que eu nao queria perder. Dai convidei a russa que mora comigo, para ir a praia e ela topou. Fui para o meu quarto, arrumei minhas coisas e quando voltei, ela estava tomando banho para ir a praia! Tudo bem, eu entendi, para um garota que mora em um lugar que chega a fazer -30, ir a praia eh um grande evento!
Depois de ela se arrumar, pegamos as coisas e fomos a uma praia chamada Cheltham, perto de casa. Como ja citei antes, tinham varias familias e blablabla. A russa com seu biquini comportado e eu pensando que todo mundo ia saber que eu nao era daqui pelo meu biquini, maaaaas tudo bem.
Depois de um tempo deitada, tomando o sol cancerigeno daqui, vi um grupo de amigos, um menino e tres meninas. Olhei para elas e o biquni menor que o meu. Pensei: "essas dai nao sao kiwis". Comecei a prestar a atencao na conversa e eis que escuto umas palavras em portugues. So podia ser, para usar biquini daquele tamanho aqui como se nada tivesse aconteceido tinha que ser brasileira!
A praia em si nao eh la essas coisas, se comparada com as do Brasil, mas sei la. Foi so a primeira que eu vi, quam sabe as melhores estao escondidas por ai. Mas que tinha uma coisa que a gente nunca vai ver no Brasil, tinha. A paisagem de fundo, ao olhar para o mar, era nada mais nada menos que um vulcao adormecido.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Banho de sol


Aqui em Auckland voce pode encontrar praticamente um parque a cada bairro, se nao mais. Mesmo o centro da cidade esta cheio deles. E os neozeolandeses fazem muito bom uso da grande maioria. Eh muito comum voce encontrar pessoas de manha fazendo exercicios, caminhadas, alongamentos ou mesmo tai chi, como a senhora da foto. Ou mesmo, no final da tarde, apenas apreciando o por do sol. Alem disso, diversos parque tambem sao destinados a esportes como rugby e criquete - os mais comuns aqui.
Porem, eh no almoco que os parques do centro da cidade ficam realmente cheios. Varias pessoas vao ate la - em grande parte trabalhadores e estudantes - e aproveitam para lanchar (porque aqui eles nao almocam de verdade), conversar, dormir, tomar um sol ou apenas descansar.
O Albert Park (fotos) eh um dos maiores, se nao o maior, parque do centro. E eh nele que tambem se localiza a minha escola. Portanto, dar uma passadinha la na hora do almoco, sentar um pouco e conversar com o povo era uma rotina tao divertida quanto gostosa, afinal eh sempre muito bom deitar na grama e ficar de bobeira por alguns minutos.
Mas, o que mais chama a atencao eh o contraste que isso causa. Poder ver pessoas de todos os tipos, desde estudantes a executivos, sentados na grama, apenas apreciando o vento e o descanso em meio a diversos e enormes predios eh realmente interessante.