segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Jingle Bell


Muita comida, bebida e criancas euforicas com presentes correndo pela casa (como resumiu o Freddie). Basicamente um natal como muitos que eu ja passei no Brasil, exceto por um porem. Tudo isso so acontece a partir da manha do dia 25. Ou seja, era meia noite de natal e eu estava deitada na minha cama, prestes a dormir. Fora isso, foi um natal bem divertido, em familia, mesmo que nao tenha sido a minha.
Acordei de manha, coloquei um vestidinho bonitinho, porque afinal de contal natal eh natal e fui ver se ia ter missa na igreja do meu bairro, porque geralmente tem toda semana as quintas e aos domingos, as 10h30. No final das contas, mesmo sendo quinta, estava tudo fechado. Acabei voltando para casa.
A Maureen (a senhora com quem eu moro) tinha me dito antes que os filhos iam chegar la por volta das 10h30. Quando voltei da igreja, 15 minutos depois, levei um susto. Todo mundo ja estava la, os 3 filhos dela com um monte de netos! Tinha esquecido que o povo aqui num eh a minha familia, que demora umas 3 horas pra chegar todo mundo, isso quando alguem num chega na meia-noite! Porque realmente, aqui todo mundo eh pontual - uma coisa com que eu sofro muito!
Todo mundo bebendo, comendo, conversando, musicas de natal tocando de fundo, criancas bricando e brincando. Ate que chega a hora tao esperada, a troca de presentes. Mas o que acontece aqui, eh que todo mundo na hora que chega coloca seus presentes na arvore de natal, e depois alguem - no caso aqui a Maureen, que era a avo - entrega todos os presentes, porque todos eles tem um cartaozinho com "de" e "para". E como eles ganham presentes! Sem brincadeira, contando tudo, desde presentes grandes a pequenas lembrancinhas, cada um deve ter ganhado uns 10 presentes, as criancas mais ainda. Eu mesmo ganhei dois do casal da minha homestay, um de um casal de netos que eu tenho mais contato, e mais um de uma netinha. Isso porque eu nem sou da familia. Ainda bem que eu tinha comprado um vinho para dar para o casal. Para a netinha acabei dando um colar que eu tinha comprado a mais aqui, e pro resto dos netos, comprei uns chocalates de ultima hora e todo mundo saiu feliz!
Depois de um belo almoco, uma das filha do casal, a Sara, se vestiu de papai noel. Ela chamava cada uma das crianca, fazia piadinhas, perguntava se eles tinham sido bonzinhos no ano e dava MAIS presentes! A roupa dela tinha ate um "Santa Sara" bordado, muito divertido. Parece que ela faz isso todo ano.
Para fechar o final da tarde, as criancas montaram aquela piscininha de mil litros e pediram para eu nadar com elas. E la fui eu, nadar e brincar com as criancas...hahahahahaha.
Em relacao aos enfeites de natal e tudo mais, ate tem, mas eh bem mais sutil que os do Brasil, tirando o Papai Noel gigante que tem na Queen street. Mas as casas so sao enfeitados por dentro. Acho que eu vi so umas duas casas com luzinhas e tudo o mais que a gente sempre ve no Brasil. A minha mesmo tava bem enfeitado por dentro, mas por fora so uma guirlanda e olhe la.
Resumindo, foi um natal legal, mas eu senti muita falta do meu ai no Brasil, com toda a minha familia, as dancas, brincadeiras, almocos com o resto da ceia da noite, e os abracos, principalmente os abracos! Porque como disse uma amiga minha daqui, a Fernanda - que tambem passou o natal com a homestay dela -, eles sao dao muitos presentes, mas nenhum abraco!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Arroizinho com feijao


Se tem alguma coisa com que eu realmente sofro aqui eh com a comida. Sem sombra de duvidas foi uma das maiores mudancas para mim, se nao a maior. Para comecar pelo fato que eles nao almocam aqui. A principal refeicao deles eh o jantar, entao no almoco os kiwis fazem apenas um pequeno lanche, nada que realmente sustente. E so entao, 6 e meia da noite, eh que eles jantam, dai sim com uma refeicao completa.
So que para mim, mesmo estando aqui a mais de um mes ja, ainda eh tudo muito estranho. Eu, que almocava praticamente todo dia arroz, feijao e alguma mistura ou entao comia alguma massa bem pesada, passo fome nessas horinhas entre 12h00 e 13h00. E ter que jantar num horario que normalmente estaria comendo um paozinho ou alguma coisa de cafe da tarde, para nao comer mais nada depois, eh bem dificil.
Na epoca que eu estava fazendo o meu curso de ingles, eu ia de manha e passava o dia inteiro na cidade, so voltando para o jantar. Na hora do almoco eu nao tinha muitas alternativas, porque comer todo dia fora em algum restaurante na sai barato. Fora isso, a quase totalidade dos restaurante aqui ou sao asiaticos ou arabes e indianos, o que nao eh muito o meu gosto. Um dia eu ainda tentei arriscar um restaurante indiano, aproveitar que uns arabes que estudavam comigo iam almocar la e pagar para mim - porque na cultura deles, eles sempre pagam para as mulheres, idependente se seja mae, namorada, amiga ou apenas colega, como era o meu caso -, mas quase morri com tanta pimenta, quemei praticamente meus labios inteiros. Sinceramente, nao sei como eles conseguem comer aquilo!
Outra coisa eh que nao existem lanchonetes aqui, com milhoes de salgados que variam de paes de queijo a coxinhas e todos os outros tipos. Aqui a unica coisa que exitem sao cafes, milhares deles, um a cada esquina, com muitos brownies, cookies, tortas e tudo o mais que voce possa imaginar DOCE! De vez em quando voce acha algum sanduiche natural e olhe la. Mas em todo o caso, nao sei para voces, mas para mim, nao se mata a fome com doces. Portanto, nao era a toa que muitas vezes eu acaba me encontrando no Burgue King, comendo um combo gostoso por apenas $4,90 ou apenas levando algo de casa, como bolachas e barras de cereal.
Entretanto, isso nao eh o pior. O meu problema mesmo eh com o gosto da comida. Aqui tudo eh sem sal e os molhos sao quase todos adocicados. Eu que amo tempero e tudo com muito sal, e que acredito piamente que nao da para misturar doce com salgado, sofro mais que todo mundo. Como me faz falta arroz e feijao aqui! O feijao deles eh horroroso, uma coisa enlatada, que vem pre-cozida e com um molho que parece meio de tomate, meio sei la o que, mas que acaba sendo doce de qualquer jeito.
De tanto eu reclamar, me falaram de dois restaurante brasileiros que existiam no centro e no qual eu poderia matar a saudade. Um, uma churrascaria no Harbour (uma especie de area nobre aqui), embaixo de um hotel da cadeia Hilton, chamado Wild Fire, ou seja, so quando eu juntar uma boa grana e tiver alguma comemoracao muito importante. Outro na Queen St chamado Delicias Brasilis, que tinha um preco normal. Contudo, eu nem cheguei a ir nesse restaurante, porque duas amigas brasileiras foram antes e disseram que nao era muito bom, e eu acabei por desanimar.
Portanto, nao foi a toa que a minha maior felicidade semana passada foi quando eu descobri que havia aberto um novo restaurante brasileiro, chamado Samba, tambem na Queen St. Fui la na quarta-feira com mais 3 brasileiros e quando cheguei, obviamente mais brasileiros, todo mundo conversando em portugues, cd do Jorge Ben rolando no fundo, comida por kilo (o que nao existe aqui) e.........ARROZ E FEIJAO! Meu Deus, como eu fiquei feliz de ter comido arroz, feijao e farofa! Comi a vida la, tomei guarana e depois, ainda tinha coxinha e bolo de cenoura com cobertura de chocolate, quase surtei na hora que eu vi. No final das contas, um preco bom. Com o tamanho do meu prato, paguei 9 dolares, o que eh bem barato para comida aqui, diga-se de passagem. Acabei voltando na sexta e levando mais brasileiros para la. Dessa vez tinha um monte de asiaticos descobrindo a maravilhosa comida brasileira. E a musica tambem, porque puderam ouvir de fundo musical Caetano e Gil. Tenho que comecar a pedir os cds do dono emprestado.

PS: Peco desculpas pelo tamanho do post fora do normal, mas eh que o meu trauma com a comida aqui eh tao grande, que eu acabei extravazando.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Adormecido


Domingo passado eu fiz uma atividade fisica que ja valeu para o mes todo, fui fazer trilha em uma ilha chamada Rangitoto (aquela do vulcao que eu mostrei no ultimo post). Eu e mais duas amigas combinamos com mais alguns brasileiros de pegar o primeiro ferry da manha e ir para la. Como nos tres iamos pegar o barco em um porto diferente dos outros, combinamos de nos encontrar dentro do proprio ferry. Eis que chegamos la e nao tinha ninguem de conhecido. Pensamos: "desistiram!' e continuamos a viagem que demorou apenas uns 25 minutos.
Como somos todos estudantes aqui que sofrem com o alto custo das coisas e com a troca injusta de cambio, descartamos o tour pela ilha de trenzinho por apenas 55 dolares e optamos pela qualidade de vida e caminhada rumo ao topo do vulcao.
Apos quase duas horas entre trilhas, subidas, matos, rochas vulcanicas e muitas reclamacoes no estilo: "isso aqui nao acaba nunca!", chegamos ao topo. E realmente valeu a pena. A vista panoramica de toda a cidade, cercada pelo mar eh maravilhosa. Um pausa para descanso e muitas fotos depois, resolvemos continuar andando em busca da cratera. Porque se voce pensava que a cratera do vulcao ficava no topo - como eu achava -, se enganou.
E andamos, andamos, andamos. Ate que chegamos a um lugar pelo qual ja haviamos passado. Um mirantezinho que nao dava para lugar nenhum, a nao ser para um montante de mata e no qual ja haviamos tirados um monte de fotos. Entretanto, acabamos encontrado o resto dos brasileiros que tinham perdido a primeira viagem la. Conversa pra la, conversa pra ca, comeco a reclamar que nao achava a bendita cratera. Nessa, a Fernanda me diz que o lugar para o qual o mirantezinho estava voltado e que eu achava que era so mato, eh que era a cratera. A maior decepcao da minha vida! Cade o buraco gigante por qual vai sair a lava se um dia o vulcao resolver acordar?!? Pois eh..........nada de buraco gigante. Apenas um vale com mato, muito mato.
Apos minha frustracao decidimos descer e ir para a praia. E la se vai mais quase duas horas andando ate o mar. Nesse meio tempo, um encontro com brasileiros desconhecidos de Florianopolis (porque afinal brasileiro eh definitivamente uma praga!) e muita poeira vulcanica por todo o meu corpo. Chegamos ate la e mais uma supresa - que talvez nao tenha sido tanta supresa -, a praia nao era la essas coisas. Mas tudo bem, deitei, tomei sol, comi, nadei, emagreci, me diverti e ate levei um pedrinha vulcanica de lembranca no final das contas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Biquini brasileiro


Apesar de morar na praia, eu conto nos dedos os dias que fui ate ela....rsrsrs. E mais dificil entao foi ter ido de biquini, tomado um solzinho e nadado um pouco. Demorou 3 semanas para eu tomar vergonha na cara.....ou melhor, arranjar tempo e o tempo cooperar, e finalmente eu poder ir.
As praias daqui, como era de se esperar, nao sao nada parecidas com as do Brasil. Nada de milhoes de pessoas em quiosques, guarda-sois e cadeiras de praias, ouvindo musica alta e bebendo muita cerveja. Aqui o que voce encontra sao familias em sombras de arvores, muitas vezes nem na areia, mas no gramado que a antecede, sentados, lendo, conversando um pouco, com kilos e kilos de protetor no rosto. Quase todos com roupas, e se alguma mulher esta de biquini pode ter certeza que eh o maior do mundo! Ah nao ser que va alguma brasileira descarada como eu, que nao liga de ficar tomando sol com o biquini que, no Brasil, nao eh mais do que normal.
Sem ser nesse ultimo domingo, mas no outro, meu programa miou, mas o dia estava tao bonito que eu nao queria perder. Dai convidei a russa que mora comigo, para ir a praia e ela topou. Fui para o meu quarto, arrumei minhas coisas e quando voltei, ela estava tomando banho para ir a praia! Tudo bem, eu entendi, para um garota que mora em um lugar que chega a fazer -30, ir a praia eh um grande evento!
Depois de ela se arrumar, pegamos as coisas e fomos a uma praia chamada Cheltham, perto de casa. Como ja citei antes, tinham varias familias e blablabla. A russa com seu biquini comportado e eu pensando que todo mundo ia saber que eu nao era daqui pelo meu biquini, maaaaas tudo bem.
Depois de um tempo deitada, tomando o sol cancerigeno daqui, vi um grupo de amigos, um menino e tres meninas. Olhei para elas e o biquni menor que o meu. Pensei: "essas dai nao sao kiwis". Comecei a prestar a atencao na conversa e eis que escuto umas palavras em portugues. So podia ser, para usar biquini daquele tamanho aqui como se nada tivesse aconteceido tinha que ser brasileira!
A praia em si nao eh la essas coisas, se comparada com as do Brasil, mas sei la. Foi so a primeira que eu vi, quam sabe as melhores estao escondidas por ai. Mas que tinha uma coisa que a gente nunca vai ver no Brasil, tinha. A paisagem de fundo, ao olhar para o mar, era nada mais nada menos que um vulcao adormecido.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Banho de sol


Aqui em Auckland voce pode encontrar praticamente um parque a cada bairro, se nao mais. Mesmo o centro da cidade esta cheio deles. E os neozeolandeses fazem muito bom uso da grande maioria. Eh muito comum voce encontrar pessoas de manha fazendo exercicios, caminhadas, alongamentos ou mesmo tai chi, como a senhora da foto. Ou mesmo, no final da tarde, apenas apreciando o por do sol. Alem disso, diversos parque tambem sao destinados a esportes como rugby e criquete - os mais comuns aqui.
Porem, eh no almoco que os parques do centro da cidade ficam realmente cheios. Varias pessoas vao ate la - em grande parte trabalhadores e estudantes - e aproveitam para lanchar (porque aqui eles nao almocam de verdade), conversar, dormir, tomar um sol ou apenas descansar.
O Albert Park (fotos) eh um dos maiores, se nao o maior, parque do centro. E eh nele que tambem se localiza a minha escola. Portanto, dar uma passadinha la na hora do almoco, sentar um pouco e conversar com o povo era uma rotina tao divertida quanto gostosa, afinal eh sempre muito bom deitar na grama e ficar de bobeira por alguns minutos.
Mas, o que mais chama a atencao eh o contraste que isso causa. Poder ver pessoas de todos os tipos, desde estudantes a executivos, sentados na grama, apenas apreciando o vento e o descanso em meio a diversos e enormes predios eh realmente interessante.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Barbecue?


Chamar os amigos, fazer um churrasquinho e beber umas cervejas eh algo que a grande maioria do brasileiros adora fazer. E aqui nao eh diferente.... Ou melhor, digamos que tenha uma "pequena" diferenca.
Esqueca a picanha, a asinha de frango, a linguica, o vinagrete e o paozinho frances que conhecemos. O que eles chamam de churrasco aqui eh na verdade um outro tipo de linguica - que eu nao lembro de ter visto parecida no Brasil - chamada de salsiches (mas nao eh salsicha tambem!). Essas salsiches sao assadas com pedacos de cebola e colocadas em uma fatia de pao de forma com manteiga. Depois voce pode colocar ketchup e mostarde a vontade. Basicamente o que esta ai na foto. Parece um pouco estranho de inicio, mas eu garanto que eh gostoso. Cerveja em latinha eh praticamente uma coisa rara, pelo menos nos lugares que eu vou. O mais comum sao as long necks ou um tipo de garrafa mais gordinha. O povo aqui eh tao chegado cerveja, quanto os brasileiros.
Os churrascos costumam acontecer nos diversos parques que existem aqui. Nesse parques existem churrasqueiras para uso publico, que voce pode chegar e usar sem pedir para ninguem, tudo de forma civilizada. Voce nunca vai ver dois kiwis brigando para ver quem vai usar..... Levar pao de forma a mais para dar aos patos e galinhas que vivem no parque (nao! o parque nao eh um sitio!) tambem eh normal. E nao sei porque, mas eles se divertem muito fazendo isso aqui.
Alem disso, substitua a pelada com pernas de pau comum nos nossos churrascos, por engracados jogos de frisbee, onde todo mundo joga muito mal e ninguem consegue acertar mais do que 5 vezes seguidas.
As fotos sao de um churrasco do povo da escola, que aconteceu depois da minha visita ao zoologico, em um parque ao lado. Hoje, por exemplo, vai ter outro churrasco, dessa vez aqui nos arredores da escola mesmo. Para voce verem como eles adoram uma comemoracaozinha por nada.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sem kiwi


E continuo eu a visitar os pontos turisticos de Auckland em mais uma excursao promovida pela escola. Dessa vez o destino foi o zoologico, quarta-feira passada. Confesso que a unica coisa que me animava era o dia ensolarado e o fato que eu iria finalmente conhecer o bichinho que da titulo ao meu blog. Isso somado ao fato que eu ja tinha pago e nao podia mais desistir.....
E la fui eu, junto com mais duas suicas simpaticas chamadas Marissa e Aline, andar pelo zoo que era ate maior do que eu pensava. Passa girafa, passa leao, passa zebra, passa leao marinho e nada que eu ja nao tenha visto no zoologico de Sao Paulo. Mas kiwi que eh bom nada.
Ate que finalmente encontramos um mapa no meio do percurso e descobrimos que como nos comecamos pelo lado esquerdo, os kiwis so estariam no final da caminhada. Passa crocodilo, passa canguru, passa milhoes de passaros e eis que finalmente chegamos ao final, para os tao aguardados kiwis.
Entro em um lugar fechado e escuro, apenas com algumas luizinhas vermelhas no chao, daquelas que tem no onibus, para enxergar de noite. No corredor algumas pessoas paradas, quietas, em frente a um vidro. Paro e fico quieta tambem, olhando fixamente para o que tem atras do vidro. Espero algum sinal. Acho que eh algo animado, que vai passar um teatrinho antes de realmente conhecermos os kiwis e simplesmente....nada. Pergunto para as suicas se elas estao vendo alguma coisa e elas respondem que nao. Vou ate o final do corredor ver se tem mais alguma coisa e nao tem nada. Continuo olhando, olhando, as pessoas vao comecando a ir embora, as suicas tambem. Olho mais um pouco, fico emputecida e vou embora, achando que num tem kiwi nenhum. La fora, encontro um outro amigo brasileiro que me conta que havia uma plaquinha escrito assim: "se voce nao viu nenhum kiwi, nao se preocupe, nao eh so voce!"
Ou seja, ninguem viu kiwi nenhum! Ou eles se esconderam e nao sairam em nenhum momento, ou eles simplesmente nao existem! E la se foi mais 14 dolares.....

domingo, 30 de novembro de 2008

Bem do alto


Aqui em Auckland tem uma torre muito famosa chamada Sky Tower. Ela eh um dos marcos da cidade e uma famoso ponto turistico. Pois como bela turista que sou, fui lah na terca-feira em uma excursaozinha promovida pela escola.
Basicamente voce paga um valor um tanto quanto caro - eu paguei 13 dolares porque era com a escola, sozinho acho que eh 25 - e sobe no alto da torre para ver toda a cidade. Rende otimas fotos, mas infelizmente so tem isso para ver. O divertido eh que no alto da torre o chao em algumas partes eh de vidro e voce pode ver a cidade literalmente a seus pes.....hehehe.
No mais, se quiser desembolsar mais uma grana, voce pode pular no que eles chamam de "skyjump". Nao chega a ser um bungee jump, mas eh algo parecido. A pessoa veste um macacao e fica pendurado pela cintura. Dai ela pula do alto da torre e fica suspensa no ar por alguns segundos, depois continua caindo ate chegar la embaixo. Parece ser bem legal, mas eu prefiro juntar meu dinheiro para pular de bungee jump mesmo.
O Sky Tower fica em um complexo chamado Sky City, que alem da torre, possui um hotel, restaurantes e um cassino, que acredito eu, ser extremamente caro!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Chove chuva


Logo quando cheguei, descobri que aqui chove e chove e chove. Entao nos primeiros dias ja tratei de comprar um guarda-chuva para mim. Entretanto, nao sabia que junto com a chuva vinha o maior vendaval do muuuuundo. Pois se voce pensa que Bauru venta muito, nao eh nada comparado a Auckland. E apesar do meu guarda-chuva ser muito bonitinho e cheio de coracaozinhos, de nada adianta, porque toda vez que eu abro, o vento entorta ele para cima. Portanto, la se foi 14 dolares (e pensar que foi quase o mesmo preco da chapinha....tsc tsc tsc) pro lixo, ja que para sobreviver as chuvas daqui, eu vou ter que comprar um super-potente igual ao dos kiwis da foto.
Alias, eh esse bendito vento que faz eu ter tanto frio tambem. Porque eu acredito que as vezes o dia nao esta nem tao frio assim, mas a sensacao que o vento passa eh horrorosa. E o mais engracado, aqui pode estar o friozinho que seja, quando abre um sol (que para gente seri sinonimos de calca jeans, blusa e um casaco), o povo ja coloca um shorts, saia ou vestido (so do casaco que eles nao abrem mao) e acha que esta quente. Nao sei como eles nao sentem frio nas pernas!
Ontem fui no shopping de Takapuna dar uma passeada e olhar a moda kiwiense. As mulheres usam muita saia!!! Mas quase sempre no joelho ou abaixo, isso quando nao usam uma legging ou meia-calca horrorosa por baixo, tipo daquelas pretas que vem com umas flores meio bordadas.....
Pelo menos uma coisa eh certa. O Bolinha ia estar em alta aqui! Todo mundo adora um lenco no pescoco, incluindo os homens, que usam frequentimente. Bolinha, venha para ca e voce sera o tao sonhado icone da moda que sempre quis ser!!! hahahaha

domingo, 23 de novembro de 2008

Dia de Feira


Eu nunca ia imaginar que aqui tinha feira, mas eis mais uma surpresa! Eh claro que tem suas particularidades, mas nao deixa de ser uma feira.
Todo domingo em Takapuna (um bairro proximo da onde eu moro e bem famoso na cidade), a parte da manha, voce pode encontrar diversas pessoas andando numa feira montada ao ar livre, bem parecida com a nossa do Brasil. La em Pinda nos temos no sabado a feira normal, com frutas, verduras, legumes, comidas e muitas bugigangas do Paraguai, e no domingo uma feira da barganha, com mil coisas para vender. Aqui, a feira eh uma especie de mistura dos dois. Desde de comidas a artesanatos e barracas de brecho, passando por camelo, cuja unica diferenca eh que as bugigangas nao vem do Paraguai, mas sim de Taiwan.
Lembrei da Flora, quando vi uma barraquinha so com LP's. Comecei a olhar pra ver se achava algum para ela e um moco muito simpatico, dono da barraca, me perguntou se eu colecionava. Eu disse que nao, mas que minha amiga sim, e que eu estava procurando algo para ela. Ele me deu um cartaozinho com um nome e um telefone e me pediu para dar a ela, dizendo que uma vez por mes os colecionadores da cidade se encontravam para trocar os discos e que era so entrar em contato para participar. Nao tive coragem de dizer que minha amiga estava no Brasil, eh claro.... Bom Flor, ja sabe. Se quiser vir para ca, me avise que eu te dou o cartao!
Aproveitei tambem e comprei um relogio. Fazia muito tempo que nao usava um, mas agora sem celular ando bem perdida no tempo. Sexta-feira, eu acordei atrasada para aula e sai correndo as 7:40 para pegar o barco, enfiando 2 torradas goela abaixo. Eu tinha que pegar o das 7:50, porque minha aula comecava as 8:30. Quando cheguei la nao tinha nada. Nenhum barco, nenhuma pessoa, nada. Pensei: "Bom, perdi o das 7:50, agora so 8:20 e eu vou chegar atrasada". Entretanto, nao demorou muito e as pessoas comecaram a chegar e o ferry tambem. Das duas uma, ou eu tinha andado mais rapido do que imaginava e ia pegar os das 7:50, ou tinha demorado mais do que pensava e realmente ia pegar os das 8:20. Resolvi que quando entrasse no barco eu perguntaria a hora para alguem e mataria a curiosidade. Entrei no ferry, sentei ao lado de uma loira meio com cara de brava e perguntei que horas eram. Ela, com seu sotaque dificil de entender me respondeu algo como "almost ten past". Fiquei imaginando se eram quase 10 para as 8 e eu ia chegar na hora certa da aula, ou se eram quase 10 passados e eu ia chegar atrasada. Me decidi por 10 passadas e que esse era o ferry das 8:20. Para minha surpresa, o ferry saiu logo em seguida.
Acabei chegando a duas conclusoes: que precisava urgentemente de um relogio e que realmente nao sabia os horarios do meu ferry.

sábado, 22 de novembro de 2008

Happy hour


Parece que os neozelandeses sao tao empolgados como nos. Nao sei se todos os dias, mas pelos menos na quinta e na sexta eu vi diversos bares e pubs lotados de pessoas no happy hour. A cerveja eh bem cara, uma caneca custa em torno de 7 ou 8 dolares, mas pelo menos ela eh mais forte...rsrsrs. Os bares quase sempre tem uma tv onde o povo assisti futebol e rugby e o estilo pub eh predominante.
Quinta-feira a minha escola promoveu uma ida a um bar chamado Shakespeare (se nao me engano). Voce podia optar por uma degustacao de todos os tipos de cerveja ou apenas beber o que quizesse. Acabei optando por uma que se parecesse mais com a brasileira, as outras ou tinham um gosto mais amargo ou mais doce. Ate que foi bastante gente, mas a grande maioria era de novos alunos que tinham chegado essa semana.
Depois fomos conhecer outros bares do centro, onde encontramos um chamado "Barzuka". Eh claro que na hora pensei no nosso Brazuka de Bauru, mas de parecido so o nome mesmo. Num tinha mutia gente porque era cedo, uma musica ambiente em ingles e algumas bebidas que estavam mais para caribenhas do que brasileiras. Mas tudo bem, porque parece que toda quarta-feira tem uma festa la e semana que vem provavelmente eu va.
Na foto a esquerda, Ivy (brasileira), um professor da escola que eu nao lembro o nome, Clara (tambem brasileira), eu, Marisa (portuguesa) e um italiano muito simpatico que conversou horas comigo sobre o cinema italiano.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Casa de boneca


Eu moro em uma homestay (casas de familias que aceitam estudantes estrageiros, mediante pagamento, eh claro!) muito bonita e apesar de a primeira vista nao parecer, grande tambem. Os donos da casa sao um casal de senhores ingleses, Roy e Maureen, que se mudaram para ca a muitos anos, nao lembro quando exatamente. Eles sao bem simpaticos e atenciosos, tudo no jeito ingles de ser. Tem filhas e netos que sempre vem jantar com a gente no fim de semana.
Eu moro tambem com uma japonesa chamada Haruka, que chegou no mesmo dia que eu, e com uma russa chamada Tatiana, que ja esta aqui a 5 meses e vai ficar ate dezembro. Ambas estudam na mesma escola que eu, mas em classe diferentes. Cada uma de nos tem seu proprio quarto, o que eh muito bom para manter a privacidade.
Eles oferecem cafe da manha e janta, e tudo eh muito tranquilo. A louca vai para a maquina, a roupa suja tambem, tenho apenas que manter o quarto arrumado e limpo e avisar se eu nao for jantar no dia. Uma maravilha se comparado a Bauru.....rsrsrs. Posso usar tambem o computador e a internet, mas nao ajuda muito porque ele eh windows 98 e acaba nao sendo compativel com minha camera. E como eu fico pouco tempo em casa, eh mais facil usar o daqui da escola.
Pelo o que eu vi aqui no meu bairro, Bayswater, as casas em grande parte sao de madeira e naquele estilo americano, sem portao e com um jardim na frente. Algumas ainda tem cerquinha, mas eu acredito que eh so pra enfeite mesmo, levando em consideracao que o carro da minha casa por exemplo fica na rua a noite inteira. Eu acredito que meu bairro seja de classe media, mas quase todas as casas sao grandes e bem cuidadas. Fico imaginando como sera um bairro rico aqui...hehehe.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Area Verde


A escola onde eu estudo chama Languages International e fica no Albert Park, um lugar local bem privilegiado de Auckland, no centro da cidade, do lado da University of Auckland e a menos de 5 minutos da Queen Street (a Avenida Paulista daqui). Eh um lugar bem agradavel, com quatro predios e muita area verde. Alias o que nao falta aqui sao areas verdes, lindas e muito bem cuidadas.
Eu tenho 2 aulas por dia, uma de manha e uma de tarde. A de tarde eh mto boa, um preparatorio pro IELTS (um exame para poder engressar em universidades que falam ingles, equivalente ao Toefl), uma professora da Africa do Sul super divertida e uma sala igualmente. Ja a de manha eh ingles geral. Mudei meu nivel hoje e agora estou no Upper Intermidiate, mas ainda nao conheco a sala.
A escola tem diversos computadores para uso pessoal nosso e eh deles que posto aqui. O unico problema eh que eh mac e eles usam o pior programa pra internet aqui, um tal de Safari. Fora isso, tem um learning center aqui com tudo que voces possam imaginar para treinar o nosso ingles.
Os estudantes sao de diversos paises, mas a predominancia ainda eh de asiaticos, como em td que tem aqui....rsrsrs. So na minha aula de tarde sao 9 (contando os arebes tambem), contra eu e uma russa. Mas eles sao bem legais, pena que eh bem dificl entender o que eles falam, devido ao sotaque.....

PS: Acabei de descobrir que essa eh a melhor escola daqui e a mais cara tambem. Ou seja, pelo visto a minha agente do STB me enganou, quando eu pedi um curso relativamente barato. Mas acho que isso foi bom......

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Brisa do mar


Eu ja fui para a escola de carro, de bicleta e em grande parte das vezes a pe, mas eu confesso que nunca pensei que um dia eu iria de barco. Pois eh....estao vendo esse ai da foto? Eh com ele com eu vou todo dia para o centro de Auckland (aqueles predios la no fundo). Como eu moro no norte da cidade e a unica ligacao dessa regiao com o centro eh uma extensa ponte, que nao eh tao perto da onde eu moro, o barco se torna a solucao mais rapida e pratica. Apenas 8 minutos, enquanto de onibus eh uma media de meia hora. Sim, eu ja andei nos dois para comparar!
Pelo o que eu contei no mapa tem so 4 ferries (que como chama esses barcos de transporte publico aqui) em North Shore, o que nao eh muito porque a regiao eh grande. Contudo, grande parte dos neozeolandes usam esse transporte pela rapidez e comodidade. Eh muito comum voce ver estacionamentos com diversos carros proximos ao ferry. Pelo o que eu observei todo mundo que vai trabalhar no centro deixa o carro la. Alem de ser seguro, nao precisa ficar encontrando vaga nas ruas e uma viagem que duraria 30 minutos, se transforma em 8. Os barcos saem de meia em meia hora durante todo o dia, entao voce tem varias opcoes de horarios, tornando isso ainda mais pratico.
Fora que viajar todo dia podendo ver essa paisagem e sentindo a brisa do mar eh um privilegio.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Chegada


Apos 3 horas de viagem ate Santiago, algumas horas em um aeroporto onde uma pilha eh a metade do preco de uma Ballantine's, mais 12 horas desconfortaveis direto ate Auckland, uma passagem rapida pela imigracao e quase 2 dias perdidos, eis que avisto uma plaquinha escrito "ANTUNES, Bruna Fabio". Um motorista holandes e simpatico me aguarda, faz uma piadinha sobre o tamanho da minha mala, me mostra a van que me levara ate a minha homestay e fala: "You can choose where you want to sit". Entao eu dou a volta no carro naturalmente, pronta para entrar no banco do passageiro, e ele diz: "Lady, we drive in the other side here". E essa eh a minha estreia na Nova Zelandia.
Parece que me enganaram quanto a temperatura daqui. O verao de Auckcland de nada se parece com o de Sao Paulo, para mim esta mais para Rio Grande do Sul, e o mais divertido eh voce ver as 4 estacoes do ano em um mesmo dia, com uma alternacia de sol/chuva fenomenal! Eh possivel em apenas meia hora presenciar um ceu aberto, uma chuva rapida e forte de 5 minutos, sol novamente, e chuva novamente, dessa vez junto com o sol.
Imigrantes aqui sao muitos, na sua maioria asiaticos. Eh muito facil voce andar pela rua e escutar alguem conversando em chines, coreano ou tailandes. Porem, isso nao significa que eu tambem nao escuto portugues por ai....rsrsrs. So na minha escola ja conheci 3. E mais alguns no supermercado, depois de um trombada, um pedido de desculpas sem querer em portugues e uma resposta na mesma lingua.
Quanto a comida, eu prefiro nem comentar nesse momento, ainda estou um pouco abalada com tamanha mudanca para o meu paladar. Mas digo uma coisa, depois nao entendemos porque todo mundo come no Mc Donald's......
Eu sei que deveria ter postado antes do embarque, como algo simbolico. Mas com a despreocupacao que tomou conta de mim antes da viagem, tudo ficou muito corrido e sem tempo. Prometo tentar, apenas tentar, postar com frequencia.
Peco desculpas pela falta de acento, mas os teclado daqui nao cooperam muito.
Beijos e saudades de todo mundo ja!

PS: Flora, eu sei que tinha prometido uma foto com o cara segurando a plaquinha com o meu nome, mas eu confesso que nao tive coragem de tirar.